Tem jogo que tu bate o olho e já pensa: “mano… isso aqui é diferente.” The Midnight Walk é bem isso. Tudo feito em massinha, animação stop motion, com uma vibe de fantasia sombria que lembra aqueles pesadelos estranhos que a gente meio que curte. Tu joga como o Burnt One (nome sugestivo já, né), que vaga num mundo todo cagado com um lanterninha chamado Potboy. Sim, Potboy. E tu basicamente tem que manter a chama dele acesa enquanto foge de um monte de bicho bizarro que quer apagar ele.
A real é que não tem combate, não — o foco é em se virar na esperteza, se esconder, usar a luz do Potboy pra distrair os inimigos e seguir vivo. A relação dos dois é mó daora, tem aquele climão meio “eu cuido de tu, tu cuida de mim”, só que em um cenário que parece ter saído de um conto sombrio feito à mão. É bonito e desconfortável ao mesmo tempo, sabe?
E tem um detalhe massa: dá pra jogar em VR também. Aí o bagulho fica ainda mais imersivo e doido. Tu se sente lá no meio mesmo, tentando manter aquele pontinho de luz vivo. No fim, The Midnight Walk é menos sobre vencer e mais sobre sentir — é estranho, é bonito, é daquele tipo que gruda na cabeça depois de fechar.
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